Em entrevista para o site nipônico Mantan Web, o chefe da divisão japonesa da Disney, Takuto Yahata, comentou sobre adaptações a serem feitas em animes para torná-lo mais adequados às audiências internacionais.
De acordo com Yahata, embora a produção criativa do Japão permaneça em constante avanço, adequações podem se fazer necessárias para que se evite atritos com o mercado e o público consumidor de outros países que venham a transmitir e consumir animes.
Nas palavras do executivo: […] Não acho que ocorreram mudanças significativas, […] mas pode haver uma possível busca por abordagens mais cautelosas e aceitáveis. Para que tais produções possam ser vistas por mais pessoas, conteúdos que não possam ser ambíguos ou ofensivos podem ser avaliados. Não vejo como algo negativo, e sim como uma evolução. […] Agora que distribuímos para mais consumidores que variam de crianças a adultos e que podem assistir programas a qualquer momento, diria que a consciência está mudando.”
O posicionamento de Iwata, no entanto, vai de encontro ao que teria sido dito por outros profissionais envolvidos na indústria em outras ocasiões (via Somos Kudasai), como o diretor Kentaro Mizuno (Kiba, Bakugan: Nova Vestróia), que chegou a declarar em uma publicação na sua conta pessoal no X (antigo Twitter) no final de abril desse ano que animes poderiam cair na armadilha do “politicamente correto” para conseguirem se vender em regiões como o ocidente e a China.
Por outro lado, Goro Taniguchi, responsável pela direção de animes como Code Geass e o filme One Piece: Red, chegou a ratificar que há tempos a indústria de anime leva em conta a opinião internacional para que sejam realizadas modificações que façam o produto final ser apreciado pelos mais diversos tipos de espectadores ao redor do mundo.
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