O grupo antipirataria CODA, com sede no Japão, está a formar uma enorme aliança dedicada a combater a distribuição online ilegal de anime, mangá e conteúdo similar protegido por direitos autorais. A Organização Internacional Antipirataria será formada por 32 empresas locais, incluindo a editora Kodansha, os estúdios de Hollywood, a Netflix e cerca de 450 empresas na China.
Este novo grupo antipirataria vai começar as suas atividades em abril de 2022.
No centro da IAPO (International Anti-Piracy Organization) estará o grupo antipirataria baseado no Japão, Content Overseas Distribution Association (CODA). A sua criação envolveu conversações com a Motion Picture Association (MPA), a Copyright Society of China, além de outras organizações ao redor do mundo.
O diretor Masaharu Ina afirmou:
O nosso plano é iniciar a nova organização por volta de abril deste ano e compartilhar as informações sobre sites de pirataria compilados em cada país à polícia do país onde os servidores estão localizados, por exemplo.
Informações reveladas pelo jornal Nikkei indicam que grupos de proteção de direitos autorais de cerca de 13 países vão reunir-se numa única organização internacional com o objetivo de interromper a pirataria em todo o mundo.
O CODA tem 32 membros, incluindo os gigantes do mangá e anime Aniplex, Kadokawa, Kodansha, Shueisha, Shogakukan e Toei. A MPA tem seis membros, incluindo Disney, Netflix, Paramount, Sony, Universal e Warner Bros. A China Copyright Association representa 450 empresas de conteúdo local. Espera-se que estes, juntamente com outros grupos da Coreia do Sul e do Vietname, participem na IAPO.
De acordo com o Nihon Keizai Shimbun, um dos objetivos da IAPO é lidar com piratas onde quer que estejam. Embora os servidores localizados no Japão possam ser gerenciados localmente, muitas vezes os sites usam hosts no exterior. Ter parceiros internacionais melhorará o processo de investigação e, ao mesmo tempo, encorajará a polícia a assumir mais casos em que danos maiores estão a ser causados no exterior por operações de pirataria hospedadas localmente.
No caso de as respostas da polícia local aos pedidos de investigações serem lentas, a IAPO afirma que pretende encaminhar os seus pedidos aos governos.
No ano passado, a Shueisha, membro do CODA, pediu a ajuda a um tribunal dos Estados Unidos para encontrar o operador do Mangabank, um gigante site de mangá que depois disso encerrou as suas operações.
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