O Conselho australiano responsável pela classificação etária (Australian Classification Board), anunciou que vendas e importações do primeiro, segundo e nono volumes de No Game, No Life, light novel de Yuu Kamiya, estão proibidas.
Foi-lhes atribuída, no passado dia 23 de Julho, a RC (Refused Classification) que significa que entrou num estado de rejeição. Sobre o assunto, o Conselho emitiu o seguinte comunicado sobre os volumes 1 e 2:
Adicionalmente, relativo ao volume 9, o Conselho emitiu o seguinte comunicado de rejeição:
De acordo com o site da Australian Classification Board:
Austrália proíbe venda de No Game No Life
A Books Kinokuniya, cadeia japonesa sediada em Sydney, enviou um comunicado à ANN, no dia 24 de Julho, a propósito da remoção de 7 títulos manga, no seguimento de uma reclamação realizada pela legisladora sul-australiana, Connie Bonaros. A livraria declarou que a remoção não aconteceu por pressão política, mas devido ao Conselho ter determinado que os títulos têm de ser submetidos para classificação de acordo com a Lei de Classificação do país.
Bonaros escreveu que estava preocupada, pois a livraria poderia estar a vender “material de pornografia infantil” e solicitou a remoção “destes livros ofensivos“. Bonaros pertence ao partido SA-Best, que forma coligação com o Centre Alliance. Stirling Griff, representante do Centre Alliance, solicitou uma revisão completa de todo o anime e manga disponibilizado na Austrália, expressando preocupações relativas à forma como este média retrata “exploração infantil“.
A Kotaku Australia entrou em contacto com a Kinokuniya de modo a obter esclarecimentos sobre os títulos removidos das prateleiras. A livraria respondeu o seguinte:
Os livros não são regularmente submetidos, nem é obrigatório, a não ser que contenham “nudez sexualizada ou actos sexuais explícitos”. Não é permitida a venda, enquanto os livros estiverem em avaliação.
A Books Kinokuniya adicionou que apesar de ser “considerado uma responsabilidade” submeter cada título importado ao Conselho de Classificação, os custos para a classificação de cada título tornariam o negócio inviável. Declarou que o Conselho tem auxiliado e indicou à livraria que “alguns títulos não teriam qualquer restrição de venda, outros podem ter alguns restrições aplicadas e apenas alguns seriam rejeitados”.
Para No Game, No Life, o partido político Centre Alliance, pagou todas as taxas necessárias para classificação, para os três volumes banidos. Na Austrália, qualquer cidadão pode solicitar a classificação de qualquer média, incluindo de propriedades sobre as quais não têm posse. É deste modo que muitos festivais internacionais de cinema classificam o seu conteúdo antes de realizarem uma distribuição global, sendo que algumas companhias de média têm elementos na equipa especialmente treinados para realizar a classificação.
A Books Kinokuniya Sydney removeu os seguintes títulos:
- Eromanga Sensei
- Sword Art Online
- Goblin Slayer
- No Game, No Life
- Inside Mari
- Parallel Paradise
- Dragonar Academy
O Conselho classificou, a 3 de Agosto de 2015, a adaptação anime de No Game, No Life, como uma série para +15, com fortes temáticas sexuais. O filme No Game, No Life Zero foi classificado com M (audiência maduras, o que significa que, segundo o sistema australiano qualquer pessoa menor de 15 anos pode visualizar), por conter temas de fantasia e violência em animação. O Conselho declarou que o filme “não é recomendado para crianças menores de 15“, mas não existe nenhuma restricção legal contra a venda e visualização do filme para essas audiências.
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